Ainda me lembro daquela tarde em que segurei firme a sua mão
e tomei a frente. Você parou, com os seus olhos brilhando, só para tirar uma
foto das nossas mãos e ainda discursou por alguns momentos sobre tamanha
importância que tinha aquele ato. Eu só conseguia sorrir e concordar, porque de
fato eu dava mais importância ainda para tudo aquilo que estava acontecendo. E
eu mantive a mão firme, segurando a sua, até agora.
Você decidiu largar e seguir. E seguir sorrindo. Seguir
feliz. E eu, que fiquei pra trás olhando para a minha mão livre, fiquei refletindo
e tentando entender. Até agora, muita coisa ainda não faz sentido. Eu ainda
tenho problemas para deixar algumas fichas caírem e sei que vou conseguir uma
hora, mas agora só quero refletir. Ver você partir para segurar outras mãos e
ignorar a minha ainda me dói, mas por dentro eu estou feliz que você está, no
fundo, muito bem.
Um amigo postou no facebook dele hoje que não era mais
adepto ao poliamor. Ao informar os amigos sobre isso, ele disse que não queria
ter todas as pessoas do mundo pra si, mas sim alguém pra zelar por ele. Pode
ser que você ainda precise de mais pessoas, nunca liguei pra isso, mas saiba
que eu continuo zelando por ti e que mesmo você escolhendo se afastar de mim e
dizendo que não poderia cuidar de mim, ainda quero o seu sorriso guiando o
mundo de quem estiver perto do você.
Não seguramos mais a mão um do outro. Cuide bem da sua. As
minhas mãos vão aprender...
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